Rede Profissional: Tendência Mundial

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Dr. Plínio Augusto Rehse Tomaz é cirurgião-dentista e atua como consultor há 25 anos. Para ele, a crise é real, estão acontecendo, mas o bom é que ele traz o aprendizado e oportunidade de melhoria. ”Os consultórios perderam resultado, sim, em torno de 30%”, diz o especialista, que também tem formação em administração hospitalar, marketing, inovação e empreendedorismo, saúde pública e economia além de ser autor de livros, como Marketing para Dentistas, que estão indo para a 6 edição, e Consultório-Empresa. Conheça algumas recomendações dele:


O CD deve assumir mais e entender mais que ele tem um negócio ou que ele faz parte de um?

O consultório é uma empresa, não importa o seu tamanho. O fato de ser um profissional bom não é garantia que o consultório vai ser bem-sucedido, porque o CD pode ser um excelente profissional, mas um péssimo empresário. Costumo brincar com o exemplo do CD que atende ao público classe A e não tem estacionamento no local e, por isso, o cliente não vai; daí, ele vai lá e faz uma especialização em laser. Ou seja, não consegue perceber o negócio, onde estão a falha. Também uso a metáfora do pizzaiolo. Pergunto se basta que ele seja bom para a pizzaria dar certo e os CDs, quase em unanimidade, dizem que não. Ou seja, eles sabem disso, mas não usam na sua profissão. O CD precisa entender que são habilidade técnica nãoé suficiente, é preciso ter conhecimento de gestão e marketing.


O que deve ser feito?

Uma empresa é baseada no trip{e: produção, que significa ter qualidade técnica; comercial, que inclui a capacidade de atrair e reter clientes, de vender mesmo, ainda que essa expressão possa ser meio chocante para os cirurgiões-dentistas; e administração, que é ter controle e processos. E o CD deve enxergar isso. Ressalto ainda ser necessário entender a diferença de administração e gestão. Gestão é algo macro, maior, é para tomada de decisão. Quem investe uma hora, duas horas por dia para pensar na estrat[egia do negócio, isso volta multiplicado por ‘n’.


E o marketing odontológico, é importante?

Marketing não o é a propaganda nem vender coisa. As pessoas têm preconceito com marketing porque acham que vão ter problemas com a propaganda, em termos de Ética etc. Mas aí é que está o erro. Marketing Aí uma ciência para estudar o mercado e propor estratégias para alcançar o objetivo seja ele qual for. O dentista pode fazer muita coisa, estudar o seu mercado. Quanto mais conhece, mais consegue encontrar estratégias. Isso nos leva a seis caminhos, os 6 P’s: pessoas (definir público), produtos (cardápio de serviços adequado a esse público), ponto adequado para atendê-lo, preço correto, percepção (do local e da apresentação do profissional) e promoção (melhor se for feita por meio de parcerias e networking).


O que fazer em momentos de crise?

Melhorar a gestão do consultório, prestar a atenção nos processos e se perguntar: serão que há alguma forma mais barata, mais rápida, mais eficiente de fazer isso? Deve-se melhorar a qualidade dos processos e fazer com que o cliente perceba isso. Minha sugestão principal é que todos comecem a ter mais o olhar empresarial, da empresa como tripé, e usar os 6 P’s. E também enxergar onde pode se diferenciar para fidelizar e reter pacientes. O mais importante, talvez, Aí que está crescendo no Brasil uma prática que é tendência mundial: a formação de rede. É a chamada RPI, rede profissional integrativa, formada por profissionais que param de se ver como concorrentes e se juntam para fortalecerem as suas atividades, criarem serviços juntos.

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